segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Protesto!


Nesse fim de semana que passou, uma amiga me apresentou um jogo muito legal, no qual você deve solucionar casos criminais(homícidios) e defendendê-los perante o tribunal. O nome da série de 4 jogos é Phoenix Wright, um trocadilho para Ás do Direito. O jogo estimula bastante o raciocínio e os enigmas nem sempre são fáceis. Destaque para a trilha sonora e para o sonoro grito de protesto pelo protagonista que vale por quase todo o jogo.

Comparações do jogo à realidade brasileira:
  • A sala de custódia é uma sala e só tem a acusada no espaço.
  • O protesto não existe, o que existe são recursos
  • É tudo muito teatral e romântico
  • A audiência é muito mais rápida
Aproveitando o tema do jogo, abro um parêntese para falar sobre o Direito Penal e em especial o Tribunal do Júri. Admito que este nunca foi meu ramo favorito do direito, mas não nego que o Júri tem o seu charme e a sua razão de existir. É quando o direito despe-se de técnica e recheia-se de sentimento. Talvez por isso sua dubiedade e talvez até um certo preconceito perante os juristas.

Para quem gosta de Direito Penal e até para quem quer entender um pouco mais sobre a realidade criminal recomendo o livro Dos Delitos e Das Penas de Cesare Beccaria, onde o autor faz um estudo sobre o ganho social das penas ou, melhor dito, o limite do Estado em ressocializar o preso por meio do cárcere privado.

2 comentários:

  1. Realmente, o Júri tem um quê especial. Eu acho, sinceramente, que é a prova de fogo para qualquer jurista. Li o livro Do delitos e das penas. O que me assustou é que algumas críticas feitas pelo autor ao ordenamento parecem incrivelmente atuais.

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  2. Como muitos livro de Direito, comecei e não terminei Do delitos... E o pior é que nem me lembro mais do pouco que li.

    Acho Júri perigosíssimo. Minha tia é jurada e conta quantas vezes jurados mais inocentes, menos maliciosos, deixam-se levar pelo teatro que certos advogados fazem.

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