Gramados Alheios

A pergunta do dia hoje foi: porquê a grama do vizinho é sempre mais verde?

Não falo de objetos ou vontades. Falo da grama novinha e de campos alheios, aquela verdinha que nem se parece com aquela grama velha pisada ou maltratada que você cuida em casa. Desgostosos do passado esquecemo-nos daquela grama que tanto nos cuida e nos deixa quentinho nas noites tristes de frio.

Olhar não tira pedaço mas, gramas de todo o Brasil, não nos maltratem. Não usem aquela roupa que nos tira a concentração, não nos maltratem com um charme malvado e aquele perfume que nos castiga e nos chama para pecar e tenham compaixão de nós porque o nosso jardim tem que ser bem preservado! Não invadam o quintal querendo roubar o doce fruto da paixão de dentro da árvore do coração. Não nos castiguem com a vontade inconsciente e o desejo da serpente que nos enfeitiça e nos põe envenenados.

Temos que nos lembrar que não gostariamos de ser nós os vizinhos sob pena de sentirmos os efeitos colaterais da maça podre que não nos alimenta mas nos adoece.Por isso, nobres leitores, cuidado pra não cair na miragem da grama que, certamente, lhes prenderá no frio deserto da solidão e na dúvida sigam o conselho do sábio sapinho: NÃO PISEM NA GRAMA!

Os Topiqueiros e a Contra-cultura

Nessa terra chamada Fortaleza, andar de ônibus/topic, além de ser necessidade dada as grandes distâncias é uma experiência sensorial e cultural inigualável. Além de correr o risco de ter seu pé devidamente engolido por portas gulosas ou aguentar abusos das pessoas atrasadas e com um cheiro bem duvidoso, além de piadas sem futuro de alguns trocadores que, nesse momento, faço um adendo para prestar uma sincera homenagem a essas pessoas que tem aguentar o caso mais crítico de atendimento ao público. Mau humor em todas as espécies e por todos os diferentes motivos.

Porém, não é esse o tema do post. O tema é os topiqueiros e a contra-cultura. Mas, ainda falta discutir um tema essencial nesse momento. A música. Esse elemento de cultura e diversão humana. Nada tenho eu contra a Liderança FM ou a 93 FM mas o fato de ter de escutar Paulinha (GRITOS) me diz o que que eu faço (MAIS GRITOS) nas manhãs que com certeza contribui para me despertar é algo que altera qualquer humor. Para pior.

E, diante desse cenário digno de filme de terror trash, me encontro perplexo ao encontrar metaleiros e, pasmem, fãs da mais pura MPB em agradáveis viagens em pici-unifor com ar-condicionado (política da empresa) e em Topics, nesse momento dirigidas por seus felizes proprietários, geralmente a noite, quando a experiência de dirigir torna-se mais plena.

Nesses raros momentos, pago feliz meus 80 centavos, por uma viagem culturalmente mais agradável e sem pés presos, pelo menos por enquanto...

Reflexões sobre os relacionamentos

Sempre fui uma pessoa muito questionadora sobre o propósito de cada coisa acontecer em nossas vidas. É o que se denomina normalmente como destino, mas creio ser esta uma visão muito fatalista sobre o nosso futuro.

Porque conhecemos a certas pessoas e não a outras? Nos relacionamos com os mais diversos tipos de pessoas e escolhemos para amar outras, mas no final serão estas pessoas passagens para nosso crescimento ou para desenvolvermos o mais grato afeto por cada uma delas?

Será que escolhemos as pessoas ou serão elas que nos escolhem? Qual seria o futuro de cada um de nós se mudassemos de uma hora para outra nosso círculo de amizades e colegas? Será que isso traria uma mudança tão grande que nos transformaria a essência?

Tantas reflexões só servem para deixar mais confusa a realidade de se gostar, de se admirar e de perceber que nessa passagem por este mundo podemos nos esconder ou nos revelar diante da ferocidade das opiniões e julgamentos que a sociedade nos faz.

Será que estou sendo muito crítico se afirmar que somos meras marionetes de um futuro que já se desenhou ou em um quadro de otimismo afirmaremos que seremos senhores de nossos próprios destinos confusos e sem "destino"?

Nessas horas prefiriria imaginar que não estou preso na selva dos olhares e nas teias dos julgamentos alheios e seguir meu próprio caminho...

Seria o começo do blog Reflexos em uma segunda versão?

O Primeiro Emprego A Gente Nunca Esquece...

Quando somos novos e não estamos acostumados à nos preocupar com nada, nós não temos a real dimensão da transformação que ocorre quando nós recebemos o primeiro pagamento por um trabalho.

Todos os trabalhos, inclusive o voluntário trazem novas experiências e agregam conhecimento, mas a lembrança do primeiro salário ou pagamento que você recebe é algo gratifcante.

Além da recompensa pelo seu trabalho, é uma prova de que você é competente o suficiente para realizar alguma coisa de útil para os outros lhe trazendo boas doses de sabedoria e maturidade. Por mais que você viva de fazer relatórios à chefes e não saindo do seu gabinete, tenha em mente que aquela sua parcela de trabalho trará algo de útil a sociedade.

Minha primeira experiência no mundo dos empregos foi trabalhando como professor. Ensinava em um reforço à alunos com dificuldade de aprendizagem matérias como: Português, História, Literatura e Inglês. Quando sabia que, por minha ajuda os alunos estavam passando de ano eu me sentia gratificado e, felizmente, até onde sei no tempo que estive lá estes garotos e garotas foram aprovados ao final da recuperação sem que nenhum fugisse a essa regra.

Contudo, só me senti plenamente realizado quando, após ter iniciado minha graduação arranjei meu primeiro estágio. Mas, isso é assunto para um novo post, em breve.

E vocês, nobres leitores, como foram as experiências de vocês, nesse mundo novo dos empregos?