domingo, 26 de dezembro de 2010

Uma visão sobre experiências culturais


O simpático babel fish.

Desde muito pequeno tive aulas de inglês em um curso de línguas aqui em Fortaleza. Passei tempo suficiente para dominar a língua a ponto de me sentir seguro para conversação com estrangeiros e, felizmente, tive essa oportunidade por duas vezes além de inúmeras conversas pela internet.

Da primeira vez, conheci uma garota alemã que esteve por um intercâmbio através do colégio onde uma amiga minha trabalha. Ela falava um bom inglês, o que ajudou em muito conhecer um pouco da realidade que ela vivia. Ela me falou diversas coisas sobre a realidade educacional e social da Alemanha. A vinda dela aliado a uma vontade de conhecer o país onde ela mora me motivou a começar alemão, um dos projetos do ano que farei ano que vêm. Pude, ao longo de nossa conversa, descobrir diversos aspectos em que as realidades eram bem diferenciadas e apartadas do modelo cotidiano da minha cidade, por fatores culturais e econômicos dos países.

Da segunda vez, por intermédio de uma amiga da minha mãe, pude conhecer outra estrangeira, desta vez, da Nova Zelândia, cujos pais são indianos. Neste outro caso, as diferenças socio-culturais já não eram tão grandes e percebi a diferença entre a frieza germânica e o comportamento tropical já que esta era bem mais falante e menos distante da realidade brasileira uma vez que esteve em alguns locais mais humildes justamente para ter a convivência real com todos os estratos sociais.

Ao contar dessas experiências, ressalto a importância do conhecimento de outra língua a fim de facilitar o processo de interação e ponho outro tema em discussão, o da língua internacional. Em uma série de livros de que gosto muito: a série de Douglas Adams - O guia do Mochileiro das Galáxias, em seu primeiro livro traz um personagem que retrata bem a dificuldade linguistica entre nações e entre galáxias, objeto daquela ficção. A solução por ele encontrada foi um peixe, famoso tradutor da internet, o babel fish ou o peixe babel. Este peixe ficava alojado dentro do ouvido transmitindo a seu usuário a tradução simultânea por impulsos cerebrais tornando qualquer língua internacional, nativa.

Diante da ficção exposta e dos projetos de língua universal - inglês e esperanto - e os dilemas de preservação da língua em mundos cada vez mais globalizados há de se questionar, quais as fronteiras entre os aspectos culturais e sociais de uma língua e o seu uso como ferramenta de comunicação mundial. A língua do futuro nos aguarda e eu ainda não falo sequer uma palavra dela. Espero que ela não vá me engolir. Bem vindo ao mundo, chinês...

Um comentário:

  1. Novos idiomas abrem enormes portas para novas e emocionantes descobertas. Faz tanto tempo que não pratico meu inglês, que devo estar enferrujadíssima. Meu direcionamento agora é para o espanhol e o italiano.
    Pouca coisa sei de espanhol, mas tenho uma grande amiga colombiana que, de vez em quando, escorrega no portuñol e me presenteia com pérolas de cultura. Seus pais vêm agora para o Brasil, e eu vou ter que me virar nos trinta para dar conta disso.
    Quanto ao italiano, que delícia! Uma língua tão sonora, tão musical, tão vivaz (principalmente para brigar).
    Nesse meio de caminho, abandonei o francês, mas diferente de Belchior, não quero esquecê-lo. Quando a vida voltar aos eixos, entenda-se por isso, nomeação em concurso, vou prender as pontas soltas. Sim, vou parar por aqui, senão o que era comentário, vira post!
    Sonho de consumo:peixe babel de presente!
    Feliz ano novo!

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