sexta-feira, 27 de maio de 2011

Advocacia e Consultoria - Dilemas de um jovem advogado

As escolhas que se faz na vida são realmente complicadas de lidar. A advocacia surge como meu ganha pão. De fato, ela tem me feito não parar de estudar, mesmo depois de já estar fora dos bancos da faculdade. E que dificuldade que é se estudar sozinho ou dissociado da vivência prática.

De fato, na época da faculdade, estimulado por provas mais imediatas em que meu futuro profissional estaria descrito ali, me fazia estudar bravamente por mais cansado ou até mesmo frustrado com algumas situações profissionais. Mas, felizmente, me vejo apaixonado pelo Direito, e o que me abate é ver o judiciário sucateado, com diversas mazelas, notadamente, a justiça estadual.

Adoro o Direito e tudo que ele me proporciona. Ocorre que, acredito que ele se esvazia de seu propósito com corrupção, lentidão e a podridão e todos os outros ão que possam se imaginar que ainda percorrem os corredores do fórum dia após dia.

A minha ilusão sobre justiça terminou no primeiro mês após ingressar na faculdade e hoje me pergunto o que devo fazer? Continuar trabalhando em escritório, largar tudo para estudar, virar despachante? eu, sinceramente, não sei.

Meu sonho é ser Juiz. Desde meus 10 anos, sinto o espírito da justiça correndo por minhas veias. Porém, me frustra às vezes não me sentir tão capaz de lidar com essa ciência. Permeado entre prazos e argumentos que, por vezes, me parecem por demais complexos. Tenho a nítida sensação de que os outros já nasceram sabendo coisas que me parecem, por vezes, muito distantes. Sinto falta do ambiente de audiência quando acompanhava a juíza para quem trabalhei e de quem tenho muito orgulho e admiração. Ter o contato com as partes,ver a mediação de acordos, sentir que a vida das pessoas estava mudando.

É difícil conviver com a dor na consciência de defender certos casos, muito embora, eu tenha plena convicção que se eu der o meu melhor, estarei contribuindo para o meu engrandecimento pessoal, profissional e de meus pares. Tive nos meus chefes advogados: o primeiro, como meu estágio inicial remunerado. O segundo, junto a uma procuradora que muito me ensinou sobre o município e fisco, em geral e o terceiro, com meu tutor, nas artes práticas da advocacia a quem muito considero e acredito ser um grande profissional. Junto a todos os outros mestres, advogados ou não, que muito me ensinaram sobre o Direito, agradeço a eles por quem sou hoje.


Pretendo, em futuro breve, escrever alguns temas jurídicos neste blog. Porém, me faltam a inspiração e a criatividade para escrever textos sem parecer técnico demais ou enfadonho. Não foi e não será o objetivo desse blog, ser um blog jurídico. Ele é um blog de desabafo e pensamentos. E, posto isso, encerro meu pensamento do dia.


quinta-feira, 31 de março de 2011

Nó de gravata ou nó na cabeça?

Este nobre blogueiro que vos fala tornou-se advogado recentemente e como todo advogado tem de usar gravata. No princípio elas me incomodavam um pouco mas, hoje em dia, são águas passadas. A técnica que aprendi para dar os famigerados nós consiste em alguns conceitos gravatais: controle de altura, giros e fecho. Para tanto tenha uma gravata em mãos, coloque-a no pescoço com o lado fino na esquerda e o lado grosso na direita. Com esta técnica vai ser possível fazer os nós half windsor e windsor (duplo).

O controle de altura consiste em deixar o lado fino com o menor comprimento possível em relação ao lado grosso. Sua gravata tenderá a ficar no comprimento ideal. Caso fique muito grande é só ir aumentando o tamanho do lado fino. Segundo os consultores de moda o comprimento ideal é que a ponta da gravata encontre o cinto.

Agora o passo a passo do nó. Sempre segure sempre o lado fino para dar sustentação ao nó. Faça um x entre o nó grosso e o nó fino. Passe o lado grosso fazendo uma volta completa pelo lado direito.

Para o half windsor só falta o fecho. O fecho é o grande problema para se aprender a dar nó em gravata. Mantendo o x feito e pegando o lado grosso da gravata você deve imaginar colocando um cinto por volta do meio do x feito, ou seja, você deve pegar o pano, passar por trás do x e fazer um contorno completo por volta do espaço que você colocou. Fácil, não? Porém, ainda não parece um nó de gravata. Para tanto basta usar novamente sua imaginação e visualizar a trava de um cinto de segurança. Você perceberá que existe um espaço criado entre o x e a volta do fecho. Utilizando o resto da parte grossa da gravata você colocará o restante do tecido neste espaço com muita calma porque senão pode amarrotar o tecido da frente. O nó está dado, ficando a seu cargo, ajustes finos.

E o windsor? O windsor completo segue os mesmos passos a diferença e o que dá um pouco mais de trabalho é que você tem que girar duas vezes. No half windsor você fez o primeiro giro para direita e fez o fecho e os demais passos. No windsor você faz como se fosse um half windsor, porém, além da volta do lado direito você fará a mesma coisa com a banda esquerda da faixa fina. Com o restante da faixa grossa faz-se o fecho, do fecho se coloca a trava do nó colocando o tecido no espaço criado pelo fecho. É simples e fácil. O grande problema é que tem um grande mistério e complicações nos métodos ensinados em geral. Agora é só praticar!

Melhor vídeo aula encontrada.


Atenção, cuidado com a distração!

Saudações Auroriais!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Crise no Egito - Um ditador renitente, uma população descontente e uma oposição complacente.

Tenho acompanhado os últimos acontecimentos no Egito na expectativa do que vai se desenrolar dos processos de mudança de governo que por lá acontecem.

O ditador Hosni Mubarak tem entornado o caldo da revolta da população e oposição, que tem tido uma paciência além do esperado em processos revolucionários. Isso em parte se explica pelos vários anos de ditadura que contribuíram para o enfraquecimento das oposições locais que foram mantidas em banho maria pelo governo, atuando de forma isolada, que ao revés de suas intenções, serviram para dar legitimidade ao regime imposto à população.

Não pude acompanhar o discurso pela TV, mas lendo as notícias que seguiram ao pronunciamento, nada mais podia esperar do que uma pretensa modificação do regime, colocando o vice-presidente daquele país para atuar como a imagem do regime com o ditador agindo nos bastidores.

Não desejo uma transição sangrenta ou que venha a ferir os preceitos que mandam as boas políticas com um processo com lisura e transparência, mas me custa crer que com o atual presidente, o Egito possa ter uma transição realmente democrática.

Uma população descontente e descrente com a política e os movimentos políticos que vêm sendo realizados aliada à capacidade de mobilização que esses já demonstraram ter tem poder para por em xeque toda a estrutura atualmente existente no Egito.
A vontade por um novo modelo de governo que seja, por excelência, democrático é o futuro ideal esperado e que será realizado pelos egípcios.

Traçando um paralelo com a realidade brasileira percebe-se que, muito embora, em nosso país, a atual estrutura democrática proporcione a transição segura e rápida entre os governantes ainda resta um grave problema do país, qual seja, a qualidade de alguns de seus governantes que ainda fazem mal uso da máquina pública desvirtuando os interesses nacionais para os seus interesses particulares lesando a economia nacional e os preceitos republicanos.

A revolução não será televisionada!¹ Em que pese as instituições democráticas encontrarem-se consolidadas é fundamental que as redes sociais sirvam como instrumento de controle institucional e de política de divulgação de desvios de condutas, respeitados os direitos da personalidade, dotando-se de caráter meramente educacional e informativo. Essa é a grande revolução que falta ao Brasil.

Se nos falta a mobilização nacional para protestar contra aumentos abusivos dos parlamentares ou escândalos de corrupção que maculam o país, que pelo menos a internet, como instrumento de contra-informação, tenha serventia na melhoria das instituições e dos valores democráticos que devem a todo custo serem preservados.



¹The Revolution Will Not Be Televised (em português: A revolução não será televisionada) é um poema e uma canção escrita por Gil Scott-Heron comentando a agitação política e social nos Estados Unidos durante as décadas de 60 e 70.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Uma visão sobre experiências culturais


O simpático babel fish.

Desde muito pequeno tive aulas de inglês em um curso de línguas aqui em Fortaleza. Passei tempo suficiente para dominar a língua a ponto de me sentir seguro para conversação com estrangeiros e, felizmente, tive essa oportunidade por duas vezes além de inúmeras conversas pela internet.

Da primeira vez, conheci uma garota alemã que esteve por um intercâmbio através do colégio onde uma amiga minha trabalha. Ela falava um bom inglês, o que ajudou em muito conhecer um pouco da realidade que ela vivia. Ela me falou diversas coisas sobre a realidade educacional e social da Alemanha. A vinda dela aliado a uma vontade de conhecer o país onde ela mora me motivou a começar alemão, um dos projetos do ano que farei ano que vêm. Pude, ao longo de nossa conversa, descobrir diversos aspectos em que as realidades eram bem diferenciadas e apartadas do modelo cotidiano da minha cidade, por fatores culturais e econômicos dos países.

Da segunda vez, por intermédio de uma amiga da minha mãe, pude conhecer outra estrangeira, desta vez, da Nova Zelândia, cujos pais são indianos. Neste outro caso, as diferenças socio-culturais já não eram tão grandes e percebi a diferença entre a frieza germânica e o comportamento tropical já que esta era bem mais falante e menos distante da realidade brasileira uma vez que esteve em alguns locais mais humildes justamente para ter a convivência real com todos os estratos sociais.

Ao contar dessas experiências, ressalto a importância do conhecimento de outra língua a fim de facilitar o processo de interação e ponho outro tema em discussão, o da língua internacional. Em uma série de livros de que gosto muito: a série de Douglas Adams - O guia do Mochileiro das Galáxias, em seu primeiro livro traz um personagem que retrata bem a dificuldade linguistica entre nações e entre galáxias, objeto daquela ficção. A solução por ele encontrada foi um peixe, famoso tradutor da internet, o babel fish ou o peixe babel. Este peixe ficava alojado dentro do ouvido transmitindo a seu usuário a tradução simultânea por impulsos cerebrais tornando qualquer língua internacional, nativa.

Diante da ficção exposta e dos projetos de língua universal - inglês e esperanto - e os dilemas de preservação da língua em mundos cada vez mais globalizados há de se questionar, quais as fronteiras entre os aspectos culturais e sociais de uma língua e o seu uso como ferramenta de comunicação mundial. A língua do futuro nos aguarda e eu ainda não falo sequer uma palavra dela. Espero que ela não vá me engolir. Bem vindo ao mundo, chinês...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O Compromisso

Nos dias atuais se questiona muito acerca do caráter das pessoas com as quais nos relacionamos. As verdadeiras intenções de quem a gente conhece. É bem verdade que nem sempre é fácil se comprometer ou auxiliar quem quer seja. Às vezes é dificil até nos ajudarmos. Nesse pensamento, acredito que seja essa a maior crítica das mulheres sobre nós.

O COMPROMISSO. Seja num pedido de casamento, seja apenas para manter a fidelidade. Nos comprometemos todo dia a uma série de obrigações desejando agradar aos outros e construir uma vida melhor para nós. Ocorre que, numa vida corrida, deixamos de perceber o real valor do que achamos ser um compromisso. Nos preocupamos em sempre aparentar estar bem. Tentamos quantificar a amizade, o estudo, o amor. Deixamos, no entanto, de perceber que o real valor está na aliança. Devemos nos aliar a quem nos faz bem, as coisas que gostamos, as pessoas que amamos. Muitas vezes, nos damos conta de algo tarde mais, que com certeza nos fará falta.

O amor desperdiçado, a amizade abandonada, o estudo neglicenciado. Não faço juízo de valor para as pessoas de fé, mas geralmente aqueles que creem em algo, tem muito mais força de vontade para todas as coisas e conseguem se aliar de tal forma a seus sonhos que estes ganham asas e alcançam todos seus desejos.

O casamento com nossas vidas se dá a cada dia. A autoconfiança e a valorização de cada individuo deve permear nossos corações a cada minuto. Devemos sempre acreditar no nosso potencial, sabendo, contudo, utilizar sabiamente nosso tempo para fazer acontecer. A felicidade está ao nosso lado sempre, é apenas uma questão de enxergar as oportunidades e os sentimentos. Este é o desabafo de um novo ano, uma nova vida, uma nova luz.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Bem Vindos ao Mundo Diferente dos Canhotos

Nas incríveis reuniões de sexta-feira do meu estágio, onde ao longo de uma roda são abordados os mais diversos assuntos, chegou-se a constatação de existirem uma população de canhotos bem grande no universo de pessoas que lá convivem.
Eu, como destro, perplexo com a habilidade inata de vários canhotos conhecidos meus e não conhecidos também, fico surpreso quando se constata que Ayrton Senna, Pelé, Einstein, Obama e mais outros 22 presidentes americanos ao longo da história são canhotos! Dentre os escritores, Machado de Assis e Douglas Adams, o escritor da série O Guia do Mochileiro das Galáxias.
Só posso crer que são pessoas que foram escolhidas pelo acaso para revelarem-se diante desse Pálido Ponto Azul e demonstrarem a revolução para a massa destra.
Acho que o sofrimento de ver um mundo ao contrário deve afetar de tal modo o pensamento desses seres escolhidos que acaba desenvolvendo o melhor em cada um.
Fica nest post, o relato de um destro admirado e envaidecido de conhecer e conviver com tão ilustres pessoas! Vocês são sinistros!

P.S.: Em tempo, o dia do canhoto está chegando, parabenizem aos canhotos no dia 13 de agosto! Faltam só 10 dias ein! Não vá esquecer!

P.S.2: Estou devendo dois posts, o Pálido Ponto Azul e sobre a incrível saga de Arthur Dent e Tricia McMillan (Trillian) em sua jornada interestelar. Até Breve, navegantes do hiperespaço!